Friday, May 27, 2005

Ammachi


Ammachi
Originally uploaded by quanticmove.

God's Perfect Hiding Place
"Children, have you heard this story? God decided to create the world. His purpose was to give Himself a place to live. So as soon as He had created this beautiful earth full of trees and plants, animals and birds, mountains and valleys, God began to dwell here. Everything was perfect and God was leading a blissful life. Years rolled by until one day God made a mistake. He created human beings. From that day on, there was trouble. Night and day, the human beings complained to God. No matter what God was doing, whether He was eating or sleeping, they would come knocking on His door.

"The never-ending complaints drove Him crazy. God soon lost His peace of mind. No sooner was one problem solved than another one arose. The first man's solution became the second man's problem. One person wanted rain. But when God granted rain, another person would complain, 'God, how can you do this to me? My whole house is leaking. My crops are ruined.' Everything became a problem. No matter what God did, people complained.

"Eventually God asked His advisors to suggest a way out. One suggestion was that God should go to the Himalayas. But God said, 'No, no. People would soon come there.' 'What about the moon?' asked another of God's advisors. 'Soon man would also make his way there,' God replied. 'You, my good friends, cannot see the future,' continued God. 'But I can. No matter where I go, man will come to know about it. He will follow me and I will again be in trouble.'

"This statement was meant with silence. After some time an aged advisor stepped forward and whispered in God's ear. God's face brightened. 'Wonderful!' he exclaimed. The old man had suggested the perfect hiding place for God. 'Go and hide deep within man,' the wise man had advised. 'Yes. It is perfect,' was God's reply. 'Man would never think to look for Me inside himself. There is no chance that he will find Me there.'"

"Children,God is deep within us. He dwells there as innocence, as pure and innocent love. But the mind and its egoistic feelings veil this innocence. But it is always there. It has only been forgotten. You have to go deep within. You have to rediscover and remember."

redação feita por uma aluna do curso de Letras da UFPE

Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras da UFPE
(Universidade Federal de Pernambuco - Recife), que obteve vitória em
um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de
Gramática Portuguesa.


Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se
encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto
plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o
artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas
com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco
átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios
de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O
substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem
ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se
insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as
reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.

De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o
substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco
tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador
recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára
justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão
verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram
alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave
e envolvente. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com
gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele
começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu
forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos
os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário,
e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão
minúscula, que nem um período simples passaria entre os
dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula ele
não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.
É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente
oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela
totalmente voz passiva, ele voz ativa.

Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando
cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o
seu predicativo do objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era
um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome
do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício.
Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos
dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições,
locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa
acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu
seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora
por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu
adjunto adnominal. Que loucura!. Aquilo não era nem comparativo: era
um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa
maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus
objetos.

Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo
ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as
condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria
ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no
artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num
artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu
colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu
conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais
fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção
coordenativa conclusiva.

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